quinta-feira, dezembro 14, 2006

[14] Vitinho, que saudades...

Ontem, não estava no messenger. Cheguei a casa tardíssimo e quando vim ao pc tinha umas quantas janelas abertas de pessoal a tentar estabelecer contacto comigo... Ora, numa dessas janelas estava uma bela surpresa, uma recordação dos meus tempos de infância em que, dizem os meus pais, íamos para o café e eu ia dançar para a frente da televisão cada vez que dava o Vitinho! Não se iludam; eu deveria ter uns 2, 3 anos e o Vitinho já não dá na TV (se bem que os Patinhos também são muito fofos...).

De qualquer forma, foi tão bom recordar... Recordem vocês, também. Obrigada, Jorge! :)


domingo, dezembro 10, 2006

[13] " O Nascimento de Cristo"

Hoje foi um Domingo diferente mas muito bem passado.
Há uns dias atrás, a Mariana e eu decidimos fazer uma "excursão" ao cinema para ver um filme que está bastante relacionado com os temas leccionados na catequese, daí querermos levar os muídos e, também, com o intuito de nos divertirmos um pouco...

Sim, diversão não faltou! Pipocas a saltar, sumos a voar, correrias dentro do shopping, berros no cinema... Uma alegria!

Tirando estas traquinices, a coisa até acabou por correr bem. ;) Foi um dia animado (porque com crianças - em massa! - a vida é uma constante agitação), embora cansativo (ah pois, tomar conta deles é um verdadeiro desafio), mas muito "à maneira"! Ou porque o João só queria comer pipocas (tantas que tivemos de lhe tirar o pacote das mãos!), ou porque ele e a Fatinha só se agrediam fisicamente, entre murros, pontapés, estaladas… Ou porque tivemos um encontro com a Vanessa (uma bela surpresa), uma menina que esteve connosco até ao 5º ano e depois teve de ir embora por mudar de casa. Ou porque o Zé Carlos e o Zezinho só corriam e corriam e corriam e a maior parte do tempo nós tínhamos de andar atrás deles para ver onde se haviam metido! Ou porque a Sandra e a Catarina, como meninas chiques que são, só queriam visitar lojas de roupa e coisas do género e nós que esperássemos pelas “madames”…!

A parte boa é que, no final, todos queriam tirar uma fotografia com o Pai Natal mas não deu porque ele tinha ido lanchar (nem imagina o senhor o que o esperava… Ou talvez sim… Às tantas foi de propósito! Lol).

Bom, entre diabruras e cabelos em pé (os nossos!), ainda tivemos uma simpática companhia: a avó da Mariana – D. Maria de Lurdes, com quem foi um enorme prazer conversar. Valeu a pena!

O filme tinha uma abordagem um pouco diferente daquela a que estamos habituados a ouvir repetidas vezes pela altura do Natal ou até fora dessa época… Mais requintada e intensa, a história parte de uma altura em que o rei Herodes incumbe os seus soldados de matar todas as crianças de Belém com menos de dois anos mas eis que, nesse preciso momento, o filme faz uma analepse para ficarmos a conhecer todo o background do nascimento do menino esperado – o Messias. Conhecemos a vida de Maria, a concepção do filho, o aparecimento do anjo a Maria, a gravidez de Isabel… As novidades são: o bom humor dos reis magos, a forma como Maria conheceu José – desde a sua rejeição em relação ao casamento “arranjado” até ao momento de plena admiração por aquele homem bom e humilde, o suposto apedrejamento de Maria pela população de Nazaré, as condições (miseráveis) de vida dos habitantes de Nazaré, que os levava a pegar pesados impostos, chegando até a haver necessidade de entregar os filhos como forma de pagamento das dívidas, entre outras.

Balanço final: positivo. Foi um óptimo filme em óptima companhia!


Fonte (imagem): http://www.actuacine.net/2006/posters/nativity.jpg

[12] Quero...

Não quero cair no erro de ser demasiado profunda sob pena de me tornar lamechas…

Não quero analisar todas as escolhas que fiz ao longo da vida; posso vir a arrepender-me de algumas e acabar por começar a chorar.

Hoje quero ser livre e quero prolongar essa liberdade até sempre. Quero sorrir e rir como fazia quando ainda não te conhecia. Quero ser quem eu era quando te conheci, quando me conheceste. Quero permanecer a pessoa, melhor, em que me tornei ao longo destes dias… Deste-me vida e eu agarrei-a. Não a quero deixar fugir. Sinto que a cada momento que passa, estás mais distante de mim e que os momentos de alegria que me deste se vão esvaindo do meu coração… Porque os levas contigo se não te fazem falta?

Deixa-me ficar assim. Ou deixa-me voltar ao meu “antes”. Deixa-me recuperar… Afasta-te… Mais um bocadinho… Mais… Não vês que ainda não chega?! Tonto, quando sofremos por amor, todos somos poetas!


[11] "Já não há canções de amor"

Esta música é tao...


"Um deste dias vou poder
apaixonar-me outra vez
sem me importar de saber
se vai durar um ano ou um mês

Correr e saltar num dia
depois não dormir tranquilo
pensar que o amor é isto
e descobrir que afinal é aquilo


Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há canções de amor


Um destes dias vou ser capaz
de encontrar a felicidade
avançar em marcha atrás
ir de verdade em verdade

Dizer que o amor é aquilo
que ontem estava descoberto
e ver que o fim duma paixão
espreita sempre um deserto


Já não há canções de amor
por não haver quem acredite
não há canções de amor
por não haver quem acredite


E vós almas tão ingénuas
cujo amor não tem saída
que buscais nas tolas canções
o açúcar que adoça a vida

Não percebeis que é o engano
que prova que há uma chance
acertar à primeira não é humano
é a essência do romance


Já não há canções de amor
como havia antigamente
já não há conções de amor
vou investigar o caso
com o máximo rigor
tirar a limpo a verdade
que há nas canções de amor
vou saber se ainda é possível
escrever canções de amor"

Rui Veloso - "Já não há canções de amor"

sábado, dezembro 09, 2006

[10] Mail oportuno...

Hoje fui ver o meu mail (coisa que faço quase todos os dias) e reparei que a minha menina da catequese, a Sandra, me tinha enviado a seguinte mensagem:

"Sabias que...

Quando sonhas com a pessoa de quem gostas, essa pessoa dormiu pensando em ti...?
Quando te escapa o nome de uma pessoa, essa pessoa está a pensar em ti...?
Quando te olha nos olhos quer-te mais do que pensas...?
Quando te olha muito não pode viver sem ti...?
Quando se despede apressadamente é porque não te quer deixar ir...?

Se amas alguém diz-lhe não tens nada a perder!"

Não sei até que ponto estas conclusões serão verdade... Poderão ser meras coincidências mas confesso que, mesmo que não acredite totalmente na veracidade das mesmas, fico sempre a pensar: "Será...? E se eu realmente fizesse isso, o que aconteceria...?". Parece-me que nunca chegarei a saber.

(Ultimamente tenho recebido coisas muito engraçadas e oportunas...)

sexta-feira, dezembro 08, 2006

[9] Tempo natalício

Ainda na Quarta-feira à noitinha vinha com a Helena para a paragem e vínhamos a falar sobre como o Natal era muito caricato...


Ela disse que gostava do Natal por causa das luzinhas, das árvores, das lojas e ruas enfeitadas (e acrescentou que não queria ser fútil! lol) e eu concordei com ela; também adoro todas essas pequenas coisas que me fazem sentir tão "confortável"... Adoro o Natal pelas pessoas que, pelo menos uma vez por ano, ficam mais queridas, mais simpáticas, mais crentes, mas carinhosas, mais sonhadoras e eu penso que vale a pena esperar uma no inteiro para sentir isso, nem que seja por um dia! Vale a pena...

Sei que muitas vezes ouço dizerem "ahh e tal, o Natal é um tempo em que as pessoas ficam fúteis e só querem é fazer compras, gastar dinheiro" ou então "no Natal, as pessoas são capazes de fazer o bem por pouco tempo, então, porque não são assim o ano inteiro?"... Concordo. Mas, pelo menos, numa altura (nem que seja curta) são melhores pessoas, acredito.

Este Natal vai ser semelhante aos anteriores e, provavelmente, semelhante aos que se seguirão mas eu gosto de acreditar que este vai ter algo de muito especial... Talvez ainda acredite em milagres... Talvez ainda acredite que vá ter uma surpresa... Talvez acredite que o Pai Natal me vai trazer um belo presente... Ou que alguém me vai fazer muito feliz, nem que seja por um dia, uma vez por ano...!

Fico à espera... Afinal, ainda faltam 16 dias... Temos tempo.

[8] Porque nem sempre um poema deve ser seguido à letra

Realmente... Os poemas são sempre profundos. É claro que sempre dependem da profundidade que lhe soubermos e quisermos dar mas, também, da profundidade que quem os escreveu soube ou quis dar...

A verdade é que as palavras são sempre dúbias. Nunca são objectivas. Todas elas dependem do sentido que lhes quisermos dar. E porquê esta reflexão, a estas horas da madrugada? Porque li o nick da minha amiga Rita Falcão: "Never get so attached to a poem / you forget truth that lacks lyricism", de Joanna Newson (que, por acaso, até estou a ouvir neste momento) e rapidamente me lembrei que recentemente postei uns poemas neste blog.

Ora bem, os poemas são, de facto, muito profundos mas... Que interpretação estaremos nós dispostos a dar-lhes?


(Eu sei que este post não é muito profundo mas lembrem-se: "Depende da interpretação que estiverem dispostos a dar-lhe... lol)

Joanna Newson – Sprout And The Bean


E aqui vai um vídeo da jovem para saberem (como eu soube há pouco!) de quem se trata... Atenção: este vídeo não corresponde à música que contém aquela frase que enunciei anteriormente. Foi a Rita que me pediu para dizer isto. "E agora, já estás satisfeita?" Mas, não, ela não estava satisfeita. Ainda me pediu para colocar a legenda no vídeo e agora eu pergunto: “Não tens mais defeitos a apontar, minha multimédica…?”

quarta-feira, dezembro 06, 2006

[7] James Morrison na Blanco, constantemente

A loja onde trabalho tem um problema (tem muitos, aliás... ); os cds são constantemente repetidos e as músicas que martelam na nossa cabeça são sempre as mesmas... Bom, isto tem um lado positivo; se gostarmos da música ficamos a apreciá-la ainda mais ou então enjoamos! Mas eu conheci o James Morrison dessa forma (quem dera! Se o tivesse conhecido pessoalmente, não o deixava fugir... Com aquela vozinha doce, meiga e um pouco rouca...! :)).

O cd que tem vindo a acompanhar estes tempos que antecedem o Natal tem uma musiquita dele: "You give me something" e eu reparei, por mero acaso, que ele até tem uma voz muito natalícia e que a sonoridade do cd deste rico moço tem assim um estilo soul, jazz, blues, embora um pouco pop, mas que entra muito bem no ouvido. Eu adoro o cd dele e, como tal, deixo aqui duas das suas fantásticas músicas... Ouçam bem.


[6] O amor e a amizade

Quando estava a ver os meus mails no Hotmail, lá surgiu esta mensagem...

"Um dia o amor virou-se para a amizade e disse:
- Para que existes tu se já existo eu?
A amizade respondeu:
- Para repor um sorriso onde tu deixaste uma lágrima."

Não me perguntem porque é que, ultimamente, estas coisas vêm sempre ter até mim... Eu apenas quis partilhar.

terça-feira, dezembro 05, 2006

[5] As músicas do dia...

Hoje está "de chuva"...

Enquanto o temporal lá de fora vai abanando algumas janelas da minha casinha, eu estou no escritório (em casa!) com o aquecedor ligado enquanto trabalho para a faculdade. Entretanto, vou ouvindo umas musiquitas no pc.

Então, as músicas do dia são:

Alan Parsons Project - Eye In The Sky;
Bloc Party - Blue Light;
Bloc Party - So Here We Are;
John Mayer - Waiting On The World To Change;
Justin Timberlake - (Another Song) All Over Again;
Kaiser Chiefs - You Can Have It All;
Kings Of Convenience - I Don't Know What I Can Save You From;
Norah Jones - Sunrise;
Ronan Keating - When You Say Nothing At All;
Sade - By You Side;
Snow Patrol - Chasing Cars;

Stevie Wonder - I Just Called To Say I Love You.


E, ainda, o vídeo do dia...


segunda-feira, dezembro 04, 2006

[4] O Amor - pensamentos de poetas

Andava pela Net a navegar (quem é como quem diz, "andava pela Net a pastar"), quando encontrei uns belos textos que me disseram muita coisa... Na verdade, já ouvi muita gente a dizer exactamente o mesmo mas por outras palavras. No entanto, quando lemos algo que tenha saído da mente de um poeta, não sei porquê, parece-nos logo uma verdade mais que absoluta (ou achamos que eles estão loucos) porque, na realidade, há sempre uma palavras, uma frase, uma expressão que define a nossa vida ou que temos vivido... Eu suma, os poetas são uns incompreendidos!

Bom, o que eu queria dizer era: "Vou partilhar estes poemas convosco, já que me identifiquei com eles". Talvez estivesse a precisar de um "certificado"...


***

“Um dia
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom...
Um dia perceberemos que a pessoa que não te liga é a que mais pensa em você...
Um dia saberemos a importância da frase:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."
Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...um dia descobrimos que apesar de viver quase 100 anos, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem de ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.”

Mário Quintana

“Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”

Mário Quintana


"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."

Carlos Drummond de Andrade



fonte: http://www.pensador.info/recentes/

[3] Rambo,o Pai-Natal não existe...



Ok, eu ri-me imenso com este vídeo! A adaptação está genial e as vozes são mesmo caricatas mas, eu tenho de confessar, cheguei a ter pena do Rambo... Quem diria que por baixo daqueles músculos está um homem sensível, que sofre e chora por saber que toda a sua vida vivera numa mentira?! É triste descobrir, após não sei quantos anos, que o Pai-Natal não existe. É desesperante...

«Rambo, se me estás a ouvir, partilho a minha dor contigo. Também me custou muito saber que, afinal, a pessoa que se escondia por detrás daquele fato vermelho durante todos estes anos (que, no fim de contas não foram muitos porque eu nunca fui muito nessa lábia e logo quando era pequenita, deslindei o caso. Mas tu não precisas saber desta parte, senão desanimas...) não era o Pai-Natal verdadeiro, mas antes o meu pai, a minha madrinha, o meu padrinho... Não era uma só, eram MUITAS!

Portanto, mais vale sofreres agora do que viveres a vida inteira numa ilusão. Quem sabe não te disfarças um dia destes de Pai-Natal e não fazes uma surpresa às criancinhas?! Pois é, pensa positivo! Não é o fim do mundo! (Até eu própria já me disfarcei de Pai-Natal! Ou Mãe-Natal, seja.) Se analisarmos o caso bem a fundo, não tens que ficar sentido, pensa bem, quantas pessoas já não se disfarçaram de TI mesmo?! Muitas, milhares! E tanto tu como eu (e suponho que elas também, principalmente porque são quase sempre seres de baixa estatura e musculatura mínima, excepto no Carnaval, mas isso agora...) sabíamos que não eram o verdadeiro Rambo!

Vá, levanta a cabecinha e segue a tua vida e deixa-te de choraminguices que o Natal está próximo e se os teus pais acharem que te portaste mal, não levas prenda! Os teus pais, ouviste? Não é o Pai Natal... Ohh, desculpa...»

domingo, dezembro 03, 2006

[2] Está difícil


É fácil amar os sentimentos bons.

É fácil criar feridas.

É fácil dizer que sim sem sentir.

É fácil amuar.

É fácil chorar.

É fácil magoar.

É fácil sonhar.

É fácil desistir.


Mas é difícil esquecer.

É difícil resistir.

É difícil colocar uma pedra sobre o assunto.

É difícil acreditar que um sorriso sincero resolve tudo.

É difícil tocar a realidade quando não se deseja.

É difícil sentir francamente.

É difícil demonstrar sem pisar.

É difícil sentir a felicidade.

É difícil tornar bom o que é mau.

É difícil dar a mão.

É difícil ser bom… Sempre.

É difícil ajudar sem pedir em troca.

É difícil compreender.

É difícil aceitar.

É difícil sentar e conversar.

É difícil aceitarmo-nos a nós próprios.

É difícil não se ser aceite.

É difícil mostrar o nosso ponto de vista.

É difícil respeitar.

É difícil pedir desculpa.

É difícil perdoar.

É difícil seguir em frente.

É difícil confiar.

É difícil ser positivo

É difícil ser maior.

É difícil acordar.

É difícil dar o melhor.

É difícil dizer sem gritar.

É difícil apoiar.

É difícil escrever.

É difícil olhar.

É difícil amar sem se ser amado… E dói.


Está difícil…

sexta-feira, dezembro 01, 2006

[1] Em primeira mão

Hoje decidi, finalmente, criar o meu blog pessoal.

Não é um dia especial mas é um dia importante. É o dia 1 de Dezembro de 2006, feriado nacional em que se comemora o dia da Restauração da Independência (por Portugal, claro está). É um dia "um", o que é sempre engraçado para se começar qualquer coisa, qualquer projecto... Além disso, se começar a postar ainda neste mês, já em breve - Janeiro - vou poder olhar para o blog e ver "Arquivo Mensal - Dezembro 2006, Janeiro 2007", o que se torna interessante por me dar uma sensação de já o ter há imenso tempo (que crescida que eu estou!)! Então, eu pensei "porque não hoje?", uma vez que já andava com esta ideia há uns meses largos? Foi apenas um empurrãozinho!

Será um blog para qualquer coisa, sobre qualquer coisa. Tudo o que me ocorrer, tudo o que me acontecer. Simples e barato! -- Tem a ver com o nome do blog, já repararam?! -- Por falar nisso, neste post inicial é sempre muito comum explicar o porquê do nome que se adopta para o blog... Ok, eu não vou fugir à regra.

Eu já tinha a ideia de criar o blog há algum tempo e houve um dia em que estava a ler a revista que eu tanto adoro - "A Volta ao Mundo" - e ao passar os olhos pela reportagem do José Rodrigues dos Santos sobre a sua ida ao Tibete, a qual se referia ao lançamento do seu novo livro "A Fórmula de Deus", fiquei com uma certa melancolia... Pensei em como eu própria gostaria de fazer uma viagem espiritual (ou não) tão grandiosa como a que ele houvera feito e em como adoraria poder ter tanta coisa para contar, tantas novidades, tantas aventuras, tantos pensamentos... Foi aí que me ocorreu: "Espera lá, eu tenho disso. Podem não ser tão interessantes ou instrutivas como as dele mas são... Minhas!". E comecei a folhear a revista à procura de nomes que tivessem a ver comigo e, de certa forma, coisas sobre viagens identificam-me ou eu identifico-me com isso. Encontrei alguns muito giros mas que, infelizmente, não estavam disponíveis (alguém já se lembrou deles antes de mim... Dios mio!). Depois de algumas combinações, surgiu este: é um espaço de baixo custo, aliás, nem custo tem porque é gratuito (ninguém diria...) e como o dinheiro é sempre uma coisa que nunca existe em grande abundância (pelo menos no meu porta-moedas, seja Multibanco ou não) para viajar, pelo menos em pensamento tudo é possível... Ora é, portanto, um espaço para sonhar. Que bonito!


Agora, dando um ar mais sério à coisa...


Hoje, o meu pai fez-me recordar que há um ano e um mês atrás faleceu um amigo meu de infância... Se ele ainda fosse vivo, faria hoje 21 anos, a minha idade. Fiquei triste quando me lembrei da mágoa desses dias que nos marcaram (o dia em que soubemos da sua morte, o seu funeral...), em que sentimos os corações pesados, em que partilhamos lágrimas com os parentes, em que nos apoiamos mutuamente, em que, juntos, recordamos momentos de infância e adolescência porque, afinal, ele era uma pessoa realmente única e divertidíssima! É obrigatório recordar este amigo com um sorriso nos lábios e até com uma bela gargalhada pelas "asneiras" que ele fazia... Se o tivessem conhecido, saberiam que falo a verdade. Um beijo e um abraço, Edgar, onde quer que estejas.


E pronto. Está findo o meu primeiro post. Mais virão, para vossa sorte.